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23 de abril de 2010

Faça mais leve o seu dia

Por Arnaldo Jabor

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz!
A vida às vezes já está um caos, para que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe, do seu vizinho, do seu colega de trabalho disse.
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, são eles. Pobre deles!
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Ha ha ha ha ha ha ha ha!
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? Ao teatro? Ao clube?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer?
Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva, não chupar pirulito e lambuzar a cara de sorvete.
Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte sim.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria.
Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue seus problemas nas mãos de Deus, ele sabe o que fazer com eles; e que tal um cafezinho ou um chazinho gostoso agora?
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios". "Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche".

22 de abril de 2010

Deixar ir

Todo apego traz em si alguma forma de sofrimento que não agrega nenhum valor, pois quanto mais nos apegamos às situações, coisas e pessoas, mais nos tornam ansiosos e vulneráveis.

A vida é mudança, a vida é transformação e desejar possuir eternamente as coisas que gostamos é uma tremenda ilusão. Mas quantos de nós conseguimos não nos apegar? Quantos de nós estamos preparados para viver uma vida sem apegos e sem sofrimento? Alguns mestres chegam a afirmar, inclusive, que todo sofrimento é proveniente de alguma forma de apego, consciente ou não. Então, o ideal seria que o ser humano que não desejasse sofrer, deveria então aprender a soltar, desapegar-se.

Mas afinal, é possível aprender a arte do desapego? As próprias experiências da perda nos ensinam, de modo doloroso, o quanto precisamos aceitá-las para nosso próprio desenvolvimento humano. Aceitar significa não resistir quando a perda acontece na nossa vida. É preciso soltar para não prolongar a dor e a sensação de incapacidade e de frustração que sentimos.

Embora seja este um dos principais aprendizados da vida, ninguém nos ensina sobre o desapego, e a melhor forma de aprender é treinando no nosso dia a dia com as pequenas perdas. Treinando a serenidade, a aceitação, a não resistência.

Deixar ir embora faz parte da existência, tanto quanto começar de novo novo. Novas experiências, nossas histórias, novas situações, novos amores, novas coisas. Tudo muda o tempo inteiro, inclusive nós mesmos. Não faz sentido segurar passado. Deixe ir, deixe tudo ser substituído por algo melhor, maior e mais condizente com sua alma. Desapegar-se é aprender a ser livre.... ser livre é não se manter preso a condições ou pessoas para poder se sentir bem, sentir-se feliz.

Não é um aprendizado fácil, mas é um aprendizado possível e gratificante, porque a liberdade nos torna mais divinos e esta divindade traz consigo a tão desejada paz de espírito.

Deise

20 de abril de 2010

A gente pode

“A gente pode
morar numa casa mais ou menos,
numa rua mais ou menos,
numa cidade mais ou menos,
e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode
dormir numa cama mais ou menos,
comer um feijão mais ou menos,
ter um transporte mais ou menos,
e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode
olhar em volta
e sentir que tudo está mais ou menos...
TUDO BEM!!
O que a gente não pode mesmo,
nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos,
sonhar mais ou menos,
ser amigo mais ou menos,
namorar mais ou menos,
ter fé mais ou menos,
e acreditar mais ou menos.
Senão a gente corre
o risco de se tornar
uma pessoa mais ou menos.”
Chico Xavier

19 de abril de 2010

Nem toda espiritualidade faz bem


Encontro com a Vida
por Pr. Paulo Cardoso
Qualquer modo de expressar e viver a espiritualidade que não enxergue o ser humano como um todo acaba se tornando em doença para ele. Porque o homem não é só o seu corpo, nem a sua mente ou sua estrutura psicológica e nem só o seu espírito - ele é um todo.

É aí que uma visão de espiritualidade que não abrace esse todo não pode ser completa; e acaba fragmentando, quebrando, partindo e dividindo, ainda mais, o que já está rachado, partido e quebrado dentro das pessoas.

Por isso, eu diria que a espiritualidade que não faz bem tem algumas características muito claras:

Primeiro, uma espiritualidade que me isola das pessoas não faz bem à alma. Ou, como escreveu Ed René Kivitz: "pessoas precisam de Deus, mas pessoas precisam de pessoas".

Na verdade, não existe espiritualidade sadia que não seja vivida em comunhão com o meu semelhante. Daí que se há algo muito claro, na Bíblia, é que o Evangelho não nos afasta das pessoas; pelo contrário, nos aproxima delas. Não cria mais abismos e muros; os atravessa e transpõe. Evangelho é sinônimo de reconciliação. É a parede de separação vindo abaixo. É Deus fazendo a paz.

Segundo, qualquer espiritualidade que veja a realidade dividida, apenas, entre Deus e o maligno, adoece a alma.

Há muitas pessoas que vêem tudo nas seguintes categorias: ou foi Deus ou foi o inimigo. Mas, o fato é que existe o que é divino; existe o que é maligno; mas, existe o que é, simplesmente, humano, físico, natural e terreno.

Terceiro, qualquer espiritualidade que se alimenta da culpa e do medo faz muito mal à vida. Porque o perfeito amor lança fora o medo, e quem teme não foi aperfeiçoado no amor.

A culpa e o medo só alimentam os manipuladores. Porque não há modo mais fácil de controlar e manipular uma pessoa do que através da culpa e do medo. É aí que o Evangelho de Jesus vem e nos liberta de ambos. Ele vem e me faz entender que Deus estava em Cristo reconciliando consigo os homens; não lhes imputando os seus pecados, e nos confiou a palavra da reconciliação.

Quarto, qualquer espiritualidade onde Deus é apenas um meio para alcançarmos algum outro fim, adoece profundamente o ser.

A verdade é que Deus é o fim. Ele é a finalidade. Ele é a razão de ser. Ele é o motivo. Porque nós fomos criados por Ele e para Ele. Daí que espiritualidade que faça de Deus um meio para alcançarmos nossos objetivos pessoais é uma espiritualidade corrompida. É claro que todos nós queremos e precisamos muito ser abençoados por Deus, mas nós não o buscamos, simplesmente, pelo que Ele pode fazer por nós; nós o buscamos por quem Ele é.

Quinto, toda espiritualidade que perde o contato com a realidade acaba se tornando doentia.

Porque o objetivo de Deus é que nós vivamos. E a vida com Deus se vive na história dos homens. Eu sou cidadão do céu, mas eu ainda estou vivendo na terra. E eu preciso me relacionar com ela. É por isso que eu tenho a minha mente nas coisas do alto, mas eu continuo com os meus pés na terra. Eu continuo sendo humano e me relacionando com as realidades desta vida, de um modo normal, natural e sadio. Ninguém viveu isso de um modo mais forte que o próprio Jesus. Ele era totalmente divino e totalmente humano.

Sexto, uma espiritualidade que não se permite viver a normalidade do ser gente e que "espiritualiza" o que é não é para ser espiritualizado, só produz doenças na alma.

Basta olhar quantas pessoas que a si mesmas se consideram "espirituais" são doentes afetivamente e emocionalmente. Elas esqueceram que são gente. Esqueceram que foi Deus quem as fez humanas com tudo que isso envolve. Esqueceram que ser integralmente humano é ser quem nos criou para ser. Daí que elas se reprimem tanto, que, quando tudo que está latejando lá dentro, finalmente, vem à tona; vem da forma mais doente e adoecedora possível - o que não aconteceria se elas lidassem com sua humanidade de um modo natural e sadio. É óbvio que todos nós temos nossas dificuldades e conflitos. Mas, quanto mais olharmos para tudo isso com naturalidade e realismo, mais chance temos de viver em paz.

Sétimo, nenhuma espiritualidade "em série" vai fazer bem à alma humana.

Com isso eu me refiro àquela "espiritualidade" que fabrica "soldadinhos de chumbo" de uma idéia, de um modelo, de uma visão ou de um movimento. Uma "espiritualidade" empresarial, onde a única coisa que importa é cumprir metas, atingir alvos, obter resultados e mostrar sucesso. Isso faz muito mal à alma da gente.

Só que o andar com Jesus é extremamente livre. Livre como o vento, que sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem e nem para onde vai. Jesus disse que assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Livre. Autêntico. Espontâneo. Leve.

Daí que a espiritualidade, para ser sadia, precisa ter Jesus como modelo e alvo. Precisa se espelhar nEle. Precisa parecer com Ele. Porque Ele é o objetivo de tudo. E, para falar a verdade, ninguém foi mais sadio que Ele. De fato, ninguém, nem mesmo, foi tão sadio como Ele. Ele é o nosso Mestre por excelência e nós somos Seus discípulos.

Uma espiritualidade sadia faz bem à alma. Enriquece a vida com valores mais belos. Torna o coração mais misericordioso. Enche a vida com mais significado. Abre os olhos para aquilo que não se via antes. Ilumina o caminho. Reconcilia com Deus. Liberta das culpas. Transborda para os outros.

Minha oração é que possamos viver uma espiritualidade sadia e bonita para a glória de Deus e para que o mundo creia no poder do Seu amor.

18 de abril de 2010

Seja uma pessoa ESTRELA



Há pessoas estrelas. Há pessoas cometas.
Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.
As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem. Há muita mais gente cometa do que possamos imaginar.
Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. . Assim são muitos e muitos artistas que brilham apenas por instantes nos palcos da vida;  com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem. Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis de nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza,  rapazes e moças que se enamoram e se deixam com grande facilidade. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam um pelo outro sem serem presença, sem se fazer entender nem entender o outro.

 Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.
Amigo Verdadeiro é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem.

Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo. A solidão de muitas pessoas é conseqüência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica. Todos passam. E a gente também passa pela vida dos cometas.

Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las.
Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor. Assim são os amigos de verdade. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença.
São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo.

Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Nem desejar prender-se em sua cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitas pessoas. Ter sido calor para muitos corações.
Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas,acima de tudo,uma recompensa. É nascer e ter vivido e não apenas existido!!!

Autor desconhecido

Quando um relacionamento termina

Como tudo na vida, os relacionamento também apresentam seu ciclo natural de inicio, meio e fim, muito embora tenhamos em nós a ilusão do eterno. Já bem nos ensinava Vinicius de Morais “ que seja eterno enquanto dure”

Quando um relacionamento termina acredito que a missão também terminou, e o jeito é encarar a situação com serenidade e retirar experiências positivas que nos permitam um amadurecimento emocional capaz de nos preparar melhor para lidar com outras situações que ainda virão ao nosso encontro.

Gosto de uma fala do Neale Donald em seu livro Conversando com Deus, na qual ele diz que os relacionamentos são sempre um desafio, levando-nos a criar, expressar e experimentar aspectos cada vez mais sublimes, visões cada vez mais amplas e versões cada vez mais maravilhosas de nós mesmos. Ele afirma que em nenhuma outra situação podemos fazer isso com maior impacto, mais imediatamente e perfeitamente do que nos relacionamentos; e eu concordo com ele. De fato sem os relacionamentos é impossível fazer isso. É somente através dos nossos relacionamentos com outras pessoas, lugares e eventos que podemos existir (como uma parte conhecível) no universo. E são nos relacionamentos que conhecemos o melhor e o pior de  nós mesmos.

Um relacionamento termina ou deveria terminar quando deixa de ser algo gostoso e saudável para os envolvidos. Acredito que quando uma relação termina, na verdade, os dois sabem disso, porém, um é sempre mais corajoso,ou tem mais dignidade que o outro para tomar a iniciativa de terminar, antes que o respeito terminam.

Muitas vezes, a bem da verdade é que continuamos em uma relação infeliz, pura e simplesmente por medo de ficar só, mas arrastar uma situação que não está boa, arrasa com a nossa dignidade, desgasta e destrói o até mesmo aquelas lembranças positivas do relacionamento. Claro que sei que cada um oferece somente aquilo que pode e sou convicta de que é fundamental nos conhecermos bem para poder superar um término de uma forma menos dolorida.  Por isso acredito ser tão importante gastarmos um pouco do nosso tempo olhando para dentro de nós mesmos, escutando nossos corações e os sentimentos da nossa alma, que anseia desesperadamente por cumprir sua missão nesta existência terrena.

Aqui não existe esta de perdi ou ganhei, mas vivi, senti, aprendi, amadureci... e somente uma pessoa, que assim como eu enxerga a vida e o ser humano como algo elevado, consegue compreender isso. “Somos almas sagradas, vivendo em uma jornada sagrada” Devemos reconhecer nossa dignidade e santidade para  reconhecer a dignidade e santidade das outras pessoas.

Hoje, termino um capítulo da minha história que encerra muitas coisas positivas das quais terei prazer em recordar. Tem passagem tristes que prefiro não recordar, mas que aqui estão registradas. Do que vale todo conhecimento e experiência de vida se não podemos utilizá-los a cada novo desafio que a vida nos coloca? Eu tenho certeza de que as mãos divinas estão conduzindo o nosso viver. 


Cada término de um relacionamento representa uma dor diferente para mim, porém a maturidade que eu alcancei, serviram para reforçar ainda mais o valor que eu passei a dar para às pessoas que se aproximaram de mim. Nos todos somos parte de uma mesma centelha divina e estamos conectados de uma forma ou de outra. Cada Filho de Deus que de mim se aproxima leva um pouco do muito que tenho recebido generosamente desta vida. 


Não compreendo bem os desígnios do alto, mas estou certa de que a bondade de Deus é infinita e o universo é perfeito!!

Deise Maia de Oliveira