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18 de julho de 2012

Comer, rezar, amar....


Estou lendo um livro muito bacana que me inspira viajar.... Neste livro estou também aprendendo algumas coisas sobre a Itália. Me surpreendi a história e com um nome muito estranho - AUGUSTEUM. Eu imagino que as pessoas comuns assim, como eu, não fazem a menor ideia do que seja o Augusteum. Muitas provavelmente saberão,não sei. Pessoalmente eu não sabia até agora. Mas antes disso gostaria de dizer que comer, rezar e amar é um livro fascinante e que vale muito a pena ser lido.  Mas então, segundo a própria autora, Elizabeth Gilbert, afinal o que é o Augusteum?...

"Augusteum é um extenso sítio de ruínas localizado no centro de Roma, na Itália. No início, o plano era que o local servisse como um glorioso mausoléu imperial construído por Octávio Augustus. O imperador dificilmente acreditaria se alguém o contasse que um dia o glorioso Império Romano seria outra coisa além de glorioso, sendo sensato, aquele era o Mundo que ele conhecia. No entanto, deu-se que Roma foi invadida pelos bárbaros saqueada, ocupada e destruída. Somente mais tarde, o prédio foi renovado para transformar-se em um forte para proteger Roma da invasão de principados vizinhos. Em seguida, de alguma forma o Augusteum foi transformado em um vinhedo, então em  um jardim renascentista, então em uma praça de tourada (século XVIII, agora), depois um depósito de fogos de artifício, e em seguida, em um salão de concertos. Hoje, o Augusteum é um dos lugares mais silenciosos e solitários de Roma, enterrado no chão. A cidade cresceu em torno dele ao longo dos séculos. Ninguém nunca vai lá, pelo que ouvi falar, ao não ser se precisarem usá-lo como banheiro às pressas. Mas o edifício continua a existir, mantendo-se com dignidade, à espera de sua próxima encarnação".
          

Relacionar-se sem criar expectativas


"Nós podemos controlar nossas ações, mas não seus frutos. O segredo da liberdade humana está em agir bem, sem se apegar aos resultados". Bhagavad Gita 


Ouvimos dizer que estamos na Terra, esse planeta-escola, para uma dura aprendizagem. Pensando em qual seria o mais difícil ensinamento que recebemos aqui, cheguei a uma conclusão: pra mim a lição mais desgastante é me relacionar sem criar expectativas com o outro. Esperamos do outro aquilo que somos capazes de dar e quando isso não acontece nos sentimos frustrados. 

As maiores divergências do ser humano encontram-se na área de relacionamentos, seja ele familiar, afetivo, de trabalho. Basta uma pessoa ter que conviver com outra, seja por um período longo ou curto, e logo percebemos um amontoado de problemas. Um fala, o outro entende como "consegue"; as interpretações são as mais diversas, mas, na maioria das vezes, geram muitas confusões, dores, separações, e desentendimentos. Fala-se muito em "ter consciência"... que é preciso abrir-se para uma nova dimensão, para acabarmos com as divergências, com a dualidade. Mas, o que seria isso na prática? 

"É aprender a ouvir o outro através do coração... e coração ouve??? Sim, quando ele é compassivo, misericordioso e compreende o nível de entendimento que o outro consegue alcançar. Aprendi isso da maneira mais inusitada, numa conversa sobre um assunto importante: moradia e desemprego de uma pessoa muito próxima. Tentando ajudar a resolver esse assunto, conversei com alguém que eu considerava maduro e interessado. Fiquei falando sozinha, enquanto o outro fazia perguntas a um adolescente sobre um vídeo-game!!! Meu filho, vendo minha indignação, chamou-me atenção: "mãe, será que não percebeu que ele não entende o que você está falando"?

Naquele momento, entendi não só o fato que acabara de ocorrer, mas, libertei-me de muito sofrimento desnecessário, quando, sem nenhuma pretensão, percebi que havia convivido com "espíritos-criança", como gosto de chamar adultos sem consciência. Lidar com pessoas sem consciência é igual a falar de física quântica para uma criança de 3 anos de idade: ela vai olhá-la com cara de quem ouve um palavrão. 

São espíritos imaturos, com necessidades e prioridades diferentes das nossas. Quando entendemos isso, paramos de sofrer dentro dos relacionamentos, pois, sabemos que quando algo está saindo errado é porque uma das partes está falando outra língua. Podemos deixar para lá, aceitar, qualquer coisa, menos tentar fazer com que o outro nos entenda. Não criamos mais nenhuma expectativa, e saímos do sofrimento e da culpa.

Não esperamos mais nada de ninguém, porque temos a certeza que o universo se encarregará de nos devolver, se for nosso merecimento, aquilo que somos capazes de dar. Paramos de nos sentir culpados pelo que não deu certo; não aceitamos mais acusações que não merecemos e percebemos claramente que o lixo que é do outro, não devemos mais pegar para nós.

Dessa maneira, subimos os degraus na escada evolutiva sem mochilas agarradas nas nossas costas... caminhamos mais rápido e encontramos parceiros sintonizados com a nossa energia.

Levei tanto tempo para entender o maior ensinamento de Cristo: "Pai perdoai-os... eles não sabem o que fazem"!

Esse, sim, é um ensinamento mais que libertador.

Vera Godoy  

por El Morya Luz da Consciência - nucleo.elmorya@terra.com.br disponível em: www,stum.com.br