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10 de julho de 2012

Quando um relacionamento termina


Como tudo na vida,  relacionamento também apresentam um ciclo natural de inicio, meio e fim, muito embora tenhamos em nós a ilusão do "para sempre".. Oh céus, quanta ilusão...... Já bem nos ensinava Vinicius de Morais “ que seja eterno enquanto dure”

Como boa espiritualista que sou, acredito que quando um relacionamento termina a missão também terminou, e o jeito é encarar a situação com serenidade e sempre retirar as experiências positivas que nos dão mais lucidez emocional e que seja ao longo do tempo capaz de nos preparar melhor para lidar com outras situações e desafios que ainda virão ao nosso encontro.

Neale Donald em seu livro Conversando com Deus,  diz que os relacionamentos são sempre um desafio, levando-nos a criar, expressar e experimentar aspectos cada vez mais sublimes, visões cada vez mais amplas e versões cada vez mais maravilhosas de nós mesmos.E eu concordo com ele.  Neale afirma que em nenhuma outra situação podemos fazer isso com maior impacto, mais imediatamente e perfeitamente do que nos relacionamentos. De fato sem os relacionamentos é impossível fazer isso. É somente através dos nossos relacionamentos com outras pessoas, lugares e eventos que podemos existir no universo. E são nos relacionamentos que despertamos o nosso melhor e o nosso pior.

Um relacionamento termina ou deveria terminar quando deixa de ser algo gostoso e saudável para os envolvidos. Acredito que quando uma relação termina, na verdade, os dois sabem disso, porém, um é sempre mais corajoso,ou tem mais dignidade que o outro para tomar a iniciativa de terminar, antes que o respeito também termine.

Muitas vezes, a bem da verdade é que continuamos em uma relação infeliz, pura e simplesmente por medo de ficar só, mas arrastar uma situação que não está boa, arrasa com a nossa dignidade, desgasta e destrói o até mesmo aquelas lembranças positivas do relacionamento. Claro que sei que cada um oferece somente aquilo que pode e sou convicta de que é fundamental nos conhecermos bem para poder superar um término de uma forma menos dolorida.  Por isso acredito ser tão importante gastarmos um pouco do nosso tempo olhando para dentro de nós mesmos, escutando nossos corações e os sentimentos da nossa alma, que anseia desesperadamente por cumprir sua missão nesta existência terrena.

Estou triste sim, mas para mim  não existe esta de que perdi ou ganhei, apenas posso afirmar que amei e fui amada .... vivi, senti, aprendi, amadureci... e somente uma pessoa, que assim como eu enxerga a vida e o ser humano como algo elevado, consegue compreender isso. “Somos almas sagradas, vivendo em uma jornada sagrada” Reconheço minha dignidade e santidade e reconheço a dignidade e a santidade das outras pessoas.

Hoje, termino um capítulo da minha história que encerra muitas coisas positivas das quais terei prazer em recordar. Tem passagem tristes que preferiria não lembrar, mas que aqui estão registradas. Do que vale todo conhecimento e experiência de vida se não podemos utilizá-los a cada novo desafio que a vida nos coloca? Eu tenho certeza de que as mãos divinas estão conduzindo o nosso viver. 



Cada término de um relacionamento representa uma dor diferente para mim, porém a maturidade que eu alcancei, serviram para reforçar ainda mais o valor que eu passei a dar para às pessoas que se aproximaram de mim. Nos todos somos parte de uma mesma centelha divina e estamos conectados de uma forma ou de outra.

Cada Filho de Deus que de mim se aproxima leva um pouco do muito que tenho recebido generosamente desta vida. 


Não compreendo bem os desígnios do alto, mas estou certa de que a bondade de Deus é infinita e o universo é perfeito!!

Deise Maia de Oliveira

8 de julho de 2012

Não desista do amor!


Nas muitas vidas do ser imortal, tentamos compreender o significado do amor. São inúmeras as experiências amorosas que nos levam da sensação de plenitude ao sentimento de incompletude. 

Envolvidos por uma energia que mistura sentimentos e emoções acumuladas das experiências pregressas, os altos e baixos dessas relações nos impulsionam a uma sequência de novos relacionamentos afetivos. É o ciclo de nossos aprendizados no amor...

Na vida, cada indivíduo busca o seu ideal na realização amorosa. Muitas vezes, convertemos o desespero em esperança, e a conquista da felicidade possível em desarmonia. Numa mistura de colo, gozo e transcendência, buscamos no outro o suprimento de amor que nos falta.

Nesse quadro caótico de afeto, conforme nossas expectativas e necessidades latentes, procuramos a satisfação imediata, apressada, ou a satisfação mediata, paciente, como se o amor fosse um jogo de cartas marcadas.

No vai e vem das experiências afetivas, o amor sempre retorna como uma nova oportunidade de aprendizado na escola da vida. Às vezes, turbulento, devastador. Outras vezes, no rítmo das calmarias, ele oscila conforme as ondas de nosso livre-arbítrio.

Em busca da cara-metade, da alma gêmea, experimentamos desde o desespero do inferno à felicidade do paraíso. Sem, no entanto, encontrarmos um ponto de equilíbrio que nos faça refletir sobre a experiência. Buscamos o gozo de uma forma fugaz e superficial, sem nos aprofundarmos nos ensinamentos que a experiência afetiva proporciona. É o ponto fraco que nos revela o quanto somos dependentes do amor egocêntrico que aprisiona seres inteligentes dotados de imensa capacidade de evolução.

Portanto, o nosso desafio é compreendê-lo na sua profundidade e significado. Fazermos dessa energia, que às vezes torna-se densa, uma energia que renova, transforma, completa e harmoniza.

Do olhar superficial que visualiza o amor-posse, precisamos evoluir para o olhar que enxerga além das necessidades do ego, ou seja, a visão do amor que liberta para a expansão da consciência.

Nessa direção, o primeiro passo dado é perceber o quanto somos dependentes de gratificações -ou mecanismos psíquicos de compensação-, que nos mantém na dependência afetiva como se fossemos eternas crianças à procura de atenção materna ou paterna. 
Dependência e posse é o alimento psíquico-espiritual de processos obsessivos que nos prendem a relacionamentos afetivos que travam o processo evolutivo do espírito. Pelo ciúme que gera o ódio, cometemos atos violentos contra si mesmo e contra o outro. Nos transtornamos em nome do amor que vira um ciclo vicioso de difícil solução. 

Contudo, a cada experiência no corpo físico, a vida nos brinda com uma nova oportunidade de amarmos além de nossas limitações. Aprendizado que exige humildade, percepção de momento e sensibilidade para assimilarmos as sutilezas que envolvem o mais intenso dos sentimentos humanos.

Não desista do amor! Mas do amor livre de preconceitos e sentimentos de dependência e posse. Somos muito mais que seres atrelados a relacionamentos que aprisionam e fazem do amor uma energia densa e deletéria. 

Não desista do amor! Mas do amor que estimula o crescimento, liberta, engrandece e proporciona uma visão que alarga horizontes de vida e esperança.