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27 de dezembro de 2012

Celebrando o Novo Ano



Na passagem para 2013, habilite-se a inverter o usual processo do pedir, do sentir a falta. Invista seu tempo pessoal e sagrado conectando-se na sua riqueza interior e ofereça o seu melhor para o universo confiando na prosperidade que desde sempre existe em você.

- Entre em contato com a sua abundância natural. Lembre-se de que todos nós temos algo a oferecer. Compartilhe, doe-se.

- Contrate consigo mesmo de que neste ano você olhará o próximo com mais benevolência, com maior empatia. Às vezes estar junto sem falar já é o bastante. Observe quando calar e ofereça o seu silêncio afetivo. Fale apenas se tiver palavras amigas para expressar.

- Evite falar mal do outro, a energia expandida nestas ocasiões sempre vem repleta de sentimentos tóxicos, não é nada próspera e nada perto da grandiosidade que você é.

- Permita ser belo em todos os aspectos de sua existência. Colabore para sua autoestima florescer.

- Ame a tudo e compartilhe com todos o seu melhor. Isso é o que realmente importa.

- Se lembrar de vivências difíceis com alguém e a vida trouxer essa pessoa de volta, não se vingue, apenas esteja bem, compartilhe o bem. Sinta-se feliz e invista tudo para que possa estar bem, sempre compartilhando o seu melhor em todas as oportunidades que surgirem . Nada vem ao acaso.

- Esqueça definitivamente o que lhe devem, ou mesmo se considera o mundo ou a sua vida injusta. Permita-se caminhar para frente. Inicie, em 2013, uma nova jornada num outro assento deste imenso e criativo cenário sagrado.

- Reveja seus armários e dê o que precisa ser dado e que há tempos mantém. Muitas memórias/coisas guardadas podem representar falta e dificuldade com o fluir da vida.

- Pare de ser o senhor da verdade, pare de esperar reciprocidade do outro mediante leis que você próprio inventa. Decida parar de cobrar do outro o que sempre cobrou.

- Defina-se como próspero e doador. Tenha prazer pelo simples fato de que é literalmente prazeroso compartilhar o seu melhor.

- Celebre durante todo o ano o propósito do compartilhar. Aproveite a carona nesse novo status e celebre sua própria vida!

- Já é hora de desconectar-se, de libertar-se do sonambulismo crônico da ilusão da falta. Seja feliz, não espere do outro o que você tem em abundância.

- Compartilhe compaixão, afeto sincero, compartilhe sua criatividade e trabalho ao mundo.

- Compartilhe seu amor.

Desejo que em 2013 você definitivamente entre em contato com toda a abundância e prosperidade que já tem.

Desejo expansão sem limites! Já imaginou que delícia?
Você pode, você merece!

É isso que eu desejo a você.
Compartilho com você a sua/minha abundância. Compartilho com você a minha/sua confiança na vida.


Em 2013, Siga em frente. Compartilhe, Confie.
Você pode, você merece!

:: por Silvia Malamud ::

 Mulheres que correm com Lobos 



"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."

"Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características psíquicas em comum: percepção aguçada, espírito brincalhão e uma elevada capacidade para a devoção. Os lobos e as mulheres são gregários por natureza, curiosos, dotados de grande resistência e força. São profundamente intuitivos e têm grande preocupação para com seus filhotes, seu parceiro e sua matilha. Tem experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação. Têm uma determinação feroz e extrema coragem."
"As questões da alma feminina não podem ser tratadas tentando-se esculpi-la de uma forma mais adequada a uma cultura inconsciente, nem é possível dobrá-la até que tenha um formato intelectual mais aceitável para aqueles que alegam ser os únicos detentores do consciente. "

"Não importa a cultura pela qual a mulher seja influenciada, ela compreende as palavras mulher e selvagem intuitivamente.
Quando as mulheres ouvem essas palavras, uma lembrança muito antiga é acionada, voltando a ter vida. Trata-se da lembrança do nosso parentesco absoluto, inegável e irrevogável com o feminino selvagem, um relacionamento que pode ter se tornado espectral pela negligência, que pode ter sido soterrado pelo excesso de domesticação, proscrito pela cultura que nos cerca ou simplesmente não ser mais compreendido. Podemos ter-nos esquecido do seu nome, podemos não atender quando ela chama o nosso; mas na nossa medula nós a conhecemos e sentimos sua falta. Sabemos que ela nos pertence; bem como nós a ela."
"O anseio pela mulher selvagem surge quando nos encontramos por acaso com alguém que manteve esse relacionamento selvagem. Ele brota quando percebemos que dedicamos pouquíssimo tempo à fogueira mística ou ao desejo de sonhar, um tempo ínfimo à nossa própria vida criativa, ao trabalho da nossa vida ou aos nossos verdadeiros amores."

"Quando as mulheres reafirmam seu relacionamento com a natureza selvagem, elas recebem o dom de dispor de uma observadora interna permanente, uma sábia, uma visionária, um oráculo, uma inspiradora, uma intuitiva, uma criadora, uma inventora e uma ouvinte que guia, sugere e estimula uma vida vibrante nos mundos interior e exterior. Quando as mulheres estão com a Mulher Selvagem, a realidade desse relacionamento transparece nelas. Não importa o que aconteça, essa instrutora, mãe e mentora selvagem dá sustentação às suas vidas interior e exterior."

"De que maneira a Mulher Selvagem afeta as mulheres? Tendo a Mulher Selvagem como aliada, como líder, modelo, mestra, passamos a ver, não com dois olhos, mas com a intuição, que dispõe de muitos olhos. Quando afirmamos a intuição, somos, portanto, como a noite estrelada: fitamos o mundo com milhares de olhos."

"0 arquétipo da Mulher Selvagem, bem como tudo o que está por trás dele, é o benfeitor de todas as pintoras, escritoras, escultoras, dançarinas, pensadoras, rezadeiras, de todas as que procuram e as que encontram, pois elas todas se dedicam a inventar, e essa é a principal ocupação da Mulher Selvagem. Como toda arte, ela é visceral, não cerebral. Ela sabe rastrear e correr, convocar e repelir. Ela sabe sentir, disfarçar e amar profundamente. Ela é intuitiva, típica e normativa. Ela é totalmente essencial à saúde mental e espiritual da mulher."

"E então, o que é a Mulher Selvagem? Do ponto de vista da psicologia arquetípica, bem como pela tradição das contadoras de histórias, ela é a alma feminina. No entanto, ela é mais do que isso. Ela é a origem do feminino. Ela é tudo o que for instintivo, tanto do mundo visível quanto do oculto - ela é a base. Cada uma de nós recebe uma célula refulgente que contém todos os instintos e conhecimentos necessários para a nossa vida.
Ela é a força da vida-morte-vida; é a incubadora. É a intuição, a vidência, é a que escuta com atenção e tem o coração leal. Ela estimula os humanos a continuarem a ser multilíngües: fluentes no linguajar dos sonhos, da paixão, da poesia. Ela sussurra em sonhos noturnos; ela deixa em seu rastro no terreno da alma da mulher um pêlo grosseiro e pegadas lamacentas. Esses sinais enchem as mulheres de vontade de encontrá-la, libertá-la e amá-la.
Ela é idéias, sentimentos, impulsos e recordações. Ela ficou perdida e esquecida por muito, muito tempo. Ela é a fonte, a luz, a noite, a treva e o amanhecer. Ela é o cheiro da lama boa e a perna traseira da raposa. Os pássaros que nos contam segredos pertencem a ela. Ela é a voz que diz, "Por aqui, por aqui".
Ela é quem se enfurece diante da injustiça. Ela e a que gira como uma roda enorme. É a criadora dos ciclos. É à procura dela que saímos de casa. É à procura dela que voltamos para casa. Ela é a raiz estrumada de todas as mulheres. Ela é tudo que nos mantém vivas quando achamos que chegamos ao fim. Ela é a geradora de acordos e idéias pequenas e incipientes. Ela é a mente que nos concebe; nós somos os seus Pensamentos."

"Se as mulheres querem que os homens as conheçam, que eles realmente as conheçam, elas têm de lhes ensinar algo do seu conhecimento profundo. Algumas mulheres dizem que estão cansadas, que já se esforçaram demais nessa área. Sugiro humildemente que elas estiveram tentando ensinar um homem sem vontade de aprender. A maioria dos homens quer saber, quer aprender. Quando os homens demonstram essa disposição, é a hora de fazer revelações; não apenas a esmo, mas porque mais uma alma perguntou. "

"0 companheiro certo para a Mulher Selvagem é aquele que tem uma profunda tenacidade e resistência de alma, aquele que sabe mandar sua própria natureza instintiva ir espiar por baixo da cabana da alma de uma mulher e compreender o que vir e ouvir por lá. O bom partido é o homem que insiste em voltar para tentar entender, é o que não se deixa dissuadir."
"Portanto, a tarefa primitiva do homem consiste em descobrir os nomes verdadeiros da mulher, não em usar indevidamente esse conhecimento para ganhar controle sobre ela, mas, sim, para captar e compreender a substância luminosa de que ela é feita, para deixar que ela o inunde, o surpreenda, o espante e até mesmo o assuste. Também para ficar com ela. Para entoar seus nomes para ela. Com isso os olhos dela brilharão. E os dele também."

"É bom ter muitas personas, colecioná-las, costurar algumas, recolhê-las à medida que avançamos na vida. Quando vamos envelhecendo cada vez mais, com uma coleção dessas à nossa disposição, descobrimos que podemos ser qualquer coisa, a qualquer hora que desejemos."



Mulheres que correm com os Lobos, da psicóloga Clarissa Pinkólas Ester, o livro fala sobre a compreensão da natureza da mulher selvagem (essência da alma feminina) através da interpretação de lendas e histórias antigas e a semelhança de suas características com a de uma loba. 
A obra dialoga sobre os conflitos da “Mulher Moderna” e como atingir a verdadeira libertação.