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31 de agosto de 2010

Quando um relacionamento chega ao fim

Assim como a vida, um relacionamento apresenta seu ciclo natural de inicio, meio e fim. Já diria Vinicius de Morais “ que seja eterno enquanto dure” E se este momento acontece, não podemos nos desesperar, afinal tudo se transforma e tudo contribuiu para nossa evolução e crescimento espiritual. Precisamos encarar a situação com serenidade e retirar dela as experiências positivas que nos permitam um amadurecimento emocional capaz nos preparar melhor para lidar com a vida e seus acontecimentos diários.


Gosto de uma fala do Neale Donald em seu livro Conversando com Deus, na qual ele diz que os relacionamentos são sempre um desafio, levando-nos a criar, expressar e experimentar aspectos cada vez mais sublimes, visões cada vez mais amplas e versões cada vez mais maravilhosas de nós mesmos. Ele afirma que em nenhuma outra situação podemos fazer isso com maior impacto, mais imediatamente e perfeitamente do que nos relacionamentos; e eu concordo com ele. De fato sem os relacionamentos é impossível fazer isso. É somente através dos nossos relacionamentos com outras pessoas, lugares e eventos que podemos existir (como uma parte conhecível) no universo.


Um relacionamento termina ou deveria terminar quando deixa de ser algo gostoso e saudável para os envolvidos. Acredito que "Quando uma relação acaba, na verdade, os dois sabem. Mas, um é mais corajoso e tem mais dignidade que o outro para tomar a iniciativa de terminar". Muitas pessoas continuam em uma relação infeliz, pura e simplesmente pelo medo de se sentir sozinho. Arrastar uma situação em nome de um amor onde não existe reciprocidade acaba com nossa dignidade, desgasta e destrói o que poderia ser uma lembrança positiva do que aconteceu em nossa história de vida. Se apenas um ama, não existe a relação. Devemos entender que cada um oferece somente aquilo que pode e não existe nada de pessoal nisso, afinal de contas não tem que ser como a gente deseja.


Bom, mas a vida não e feita somente das rosas, os espinhos também estão ai, portanto, não há motivos para acreditar que o mundo desabou se o relacionamento acabou. Em um primeiro momento, é aconselhável e saudável chorar e desabafar para amenizar a angústia, mas não podemos arrastar a dor por muitos dias, precisamos sacudir a poeira e dar a volta por cima; retomar nossa vida social, reencontrar amigos e fazer atividades que nos trazem prazer e alegria. Passada o momento difícil poderemos contabilizar os ganhos e perdas e jamais encarar o fato como uma tragédia e sim como uma oportunidade que tivemos de viver, compartilhar e demonstrar o que tínhamos de bom. Sou convicta de que é fundamental o autoconhecimento para poder superar uma crise de uma forma menos dolorida, por isso é tão importante que as pessoas gastem um pouquinho do seu tempo olhando para dentro de si mesmas para se conhecerem, escutarem seus corações e os sentimentos da alma, que anseia desesperadamente por cumprir sua missão nesta existência terrena.


Quem nunca sofreu por amor que atire a primeira pedra. Aliás, aquelas histórias de romances complicados de novela e filmes também acontecem na vida real e uma tática para nos recuperar mais rápido do acontecimento é afastar-se da pessoa e ter a convicção de que ela já pertence ao passado e como tal, não voltar atrás é essencial para a vida fluir. O teste não é ganhar ou perder, mas apenas sentir... e somente uma pessoa que enxerga a vida e o ser humano como um ser mais elevado, consegue compreender isso. “Somos almas sagradas, vivendo em uma jornada sagrada” Devemos reconhecer nossa dignidade e santidade antes de reconhecer a dignidade e santidade das outras pessoas; mantendo relacionamentos corretos conosco mesmos e com Deus.


Hoje, escrevo este texto, para mim mesma, afinal de contas de que vale todo conhecimento e experiência de vida se não podemos utilizá-los a cada novo desafio que a vida nos coloca. O importante é permanecer no nosso equilíbrio, tendo a certeza das mãos divinas conduzindo o nosso viver. Cada término de um relacionamento representa uma dor diferente para mim, porém a maturidade que eu alcancei, serviram para reforçar ainda mais o valor que eu passei a dar para às pessoas que se aproximaram de mim. Nos todos somos parte de uma mesma centelha divina e estamos conectados de uma forma ou de outra. Cada Filho de Deus que de mim se aproxima leva um pouco do muito que tenho recebido desta vida. Não compreendo bem os desígnios do alto, mas estou certa de que a bondade de Deus é infinita e o universo é perfeito!!

30 de agosto de 2010

BORBOLETAS



Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar

não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Portanto, plante o seu jardim e decore a sua alma... Não fique esperando que te tragam flores.

Mário Quintana

29 de agosto de 2010

Que tal AGORA?!?

Por Rosana Braga
Recentemente, terminei de ler um livro fantástico chamado “Um novo mundo – O despertar de uma nova consciência”*. Nele, dentre muitos aprendizados maravilhosos, tem uma passagem que conta sobre um mestre zen que, diante de qualquer circunstância, seja ela aparentemente boa ou má, ele simplesmente pratica o estado de presença e aceitação e responde “É mesmo?”, vivendo o que há para ser vivido! Sem julgar, sem fazer ligação com o passado ou com o futuro. Simplesmente confiando na vida... 
Se você reparar, pelo menos os artigos mais recentes que tenho escrito, todos terminam convergindo para a uma idéia muito semelhante: deixar a vida fluir e viver o que está aqui, agora, neste momento, para ser vivido.

Se você pensa que estou falando de uma mesma situação ou de um mesmo aprendizado, está enganado. Apenas entrei num estado de sincronicidade incrível. O que existe dentro de mim e o que existe fora de mim tem sido, dia após dia, algo indissociável. É a unicidade da vida se manifestando milagrosamente, simplesmente porque decidi, definitivamente, que tudo é exatamente como tem de ser. 

“Mas, então, tudo se trata apenas de uma escolha?!?”, você poderia me perguntar. E eu responderia com toda a certeza: sim, apenas uma escolha! É exatamente do que se trata tudo o que você faz ou deixa de fazer na vida: uma escolha, seja ela consciente ou não! Isto é, quanto mais você entra em sintonia com o que há de mais verdadeiro em você, mais consciente será cada uma dessas escolhas que você faz a todo o momento.

“E é fácil?!?”, poderia ser a sua próxima... E eu não tentaria te iludir! Depende! Na maior parte das vezes, especialmente no início desta sincronicidade, não é tão fácil, já que estamos presos a padrões negativos que foram nutridos durante toda a nossa vida. Então, embora seja simples, nem sempre é fácil. No entanto, a cada dia que você tenta, a cada dia que você treina, torna-se mais fácil do que antes.

O segredo é abandonar a resistência. Toda a nossa dor, todo o nosso sofrimento está em resistir, em não aceitar, em brigar com as circunstâncias que não acontecem exatamente como esperávamos. Travamos uma briga interna a maior parte do tempo, seja com o trânsito, seja com o tempo, seja com alguém que tem um comportamento que nos incomoda, seja com um resultado insatisfatório, seja com nada. Isso mesmo! Brigamos até com o nada, com o que não acontece. Tornou-se praticamente um vício nos mantermos num estado de constante conflito com a vida!

E sabe o que é pior? Nem percebemos. Terminamos acreditando que é assim mesmo. Que o melhor da vida está justamente nesta tensão que parece nos motivar, neste amontoado de problemas a serem resolvidos. Afinal, se pensarmos bem, terminaríamos concluindo: o que seria nossa vida senão todas essas questões a serem ultrapassadas!

Que desperdício!!! Tenho descoberto, na prática, extasiada e feliz, o quanto posso relaxar, parar de fazer força, parar de brigar. O quanto é tão melhor e tão menos difícil viver o tão falado AGORA, que até então eu não havia sentido exatamente que tempo era esse...

Afinal de contas, quando pode ser a vida senão agora? Quando eu posso aproveitar senão agora? E agora, acreditem, neste instante, não há mais nada senão eu mesma escrevendo essas linhas. E agora, enquanto você lê, não há mais nada senão você lendo essas linhas.

O agora é tudo o que temos e o que somos. E quando conseguirmos não entender (porque a mente não é capaz de compreender o agora), mas viver de fato esse momento, viver de fato o agora, sem conduzir nossos pensamentos para o passado ou para o futuro e sem ficar analisando e julgando tudo o que acontece, como se fôssemos juízes do mundo e de nós mesmos, como se pudéssemos controlar o Universo, simplesmente entramos num estado de paz até então desconhecido... e sentimos o que é, finalmente, a felicidade.

Então, simplesmente relaxe os músculos, respire profundamente e se entregue, aceite o que for, o que vier. Tente, só por hoje, responder “é mesmo?” para tudo o que lhe acontecer, e veja o que acontece.

E quando a sua mente tentar te distrair com reclamações, indignações e tensões, apenas proponha a si mesmo: QUE TAL AGORA? E volte para o único tempo que realmente vale a pena ser vivido! Parece utopia, mas não é!

* Livro de Eckhart Tolle, Editora Sextante. O mesmo autor do também fantástico “O Poder do Agora”.