O que acontece nos bastidores de uma cirurgia espiritual?
Toca o meu celular, é um amigo médico e cirurgião geral. Ele está atrás de um
endereço, pois deseja escrever para um tradicional Centro Espírita do Rio de
Janeiro. Motivo: um problema na cervical que tem lhe provocado muitas dores.
Segundo ele, um colega cirurgião teria se beneficiado de uma recente cirurgia
realizada pelo espaço depois dele ter mantido contato com o referido
centro.
Eu sofria dos efeitos de uma condromalácia, sequela de um
passado dedicado ao esporte. Apesar do tratamento alopático, escrevi para o
mesmo centro e fui beneficiado pelo procedimento cirúrgico-espiritual. A mesma
experiência ocorreu com um familiar que padecia de dores na coluna vertebral...
Muitas vezes nos perguntamos: "Cirurgia espiritual? Mas
se não há corte ou sutura, como isso é possível sob a luz da ciência? Todas as
pessoas que recorrem a esse serviço são beneficiadas ou existem critérios que
ainda desconhecemos?" É o que veremos a partir de informações extraídas do
site "Portal Espírita", a começar pelos significados de doença e de
cura.
CONCEITO DE DOENÇA
Doença e saúde são conceitos singulares, pois se referem ao
estado das pessoas e, não, como se costuma dizer, de órgãos ou partes do corpo.
O corpo nunca está só doente ou só saudável, visto que nele se expressam
realmente as informações da consciência. O corpo nada faz por si mesmo, disto
podem se certificar-se todos, basta observarem um cadáver.
O corpo de um ser humano vivo deve seu funcionamento
exatamente àquelas duas instâncias imateriais às quais denominamos consciência
(alma) e vida (espírito). A consciência apresenta as informações que se
manifestam no corpo e que se tornam visíveis. O mesmo vale dizer que a
consciência está para o corpo como um sinal de rádio está para o receptor. Tudo
o que acontece no corpo de um ser vivo é a expressão do padrão correspondente à
sua consciência.
O pulsar do coração, a temperatura do corpo, as glândulas e
os anticorpos são ritmados, mantidos, segregados e formados pelo padrão
correspondente de informação cuja origem é a própria consciência. Quando as
várias funções corporais se desenvolvem em conjunto segundo uma determinada
maneira, aparece um modelo que sentimos como harmonioso e que por isso recebe o
nome de saúde. Se uma função falha ela compromete a harmonia do todo e então
falamos de doença. Frisamos que a doença é a perda relativa da harmonia ou o
questionamento de uma ordem até então equilibrada. A questão da perturbação da
harmonia acontece unicamente no nível da consciência que é a parte
individual do ser, porquanto a mostra pura e simplesmente acontece no corpo
físico. O corpo nada mais é que a apresentação ou o âmbito de concretização da
consciência e, consequentemente, também de todos os processos e modificações
que nela ocorrem.
Podemos saber quando a consciência de uma pessoa está
desiquilibrada pelo fato dela tornar visível e palpável na forma de sintomas
corporais o seu desequilíbrio. Por isso devemos afirmar que é o ser humano que
está doente e não o seu corpo. Considerando que esse ser humano, doente,
simplesmente está se mostrando doente através dos sintomas que são sinais
visíveis no seu corpo físico, porém fruto do desequilíbrio da consciência. A
doença se manifesta no corpo como um sintoma. Então o que se tem é a
comprovação de que algo nos falta. Falta consciência e, portanto, tem-se um
sintoma.
CURA
A cura acontece através da incorporação daquilo que está
faltando e, portanto, ela não é possível sem uma expansão da consciência.
Doença e cura são conceitos gêmeos que somente têm importância para a
consciência e não se aplicam no corpo, pois um corpo nunca pode estar doente e
saudável. Tudo o que o corpo pode fazer é refletir os estados correspondentes e
as condições da própria consciência. A doença não é uma perturbação essencial
e, desta forma, um desagradável desvio do caminho, pelo contrário, a própria
doença é o caminho pelo qual o ser humano pode seguir rumo à cura. Quanto maior
a consciência com que enfrentamos o caminho, tanto melhor se cumprirão seus
objetivos. A intenção não é combater a doença e, sim, usá-la como força motriz
de crescimento e compreensão da nossa missão neste planeta de evolução em que
vivemos. Quanto maior for nossa compreensão, nossa expansão de consciência,
melhor será o nosso aproveitamento de todas as coisas que nos cercam. A
consciência divide e classifica tudo em pares de opostos que, quando somos
forçados a encará-los, consideramos conflitantes. Eles nos obrigam a
estabelecer uma diferença, nos forçam a decidir, a fazer uma escolha que nem
sempre estamos preparados para tal. Para melhor analisar, a nossa inteligência
reparte a realidade em pedaços cada vez menores, e força-nos a escolher entre
eles o que nos convém ou prejudica. Quanto maior a nossa ignorância ou
desconhecimento da grande realidade, mais a inteligência fraciona os
acontecimentos, tentando nos pequenos fragmentos, uma maior possibilidade de
análise, de julgamento e de lógica, distanciando-nos cada vez mais da unidade
de percepção por falta de elementos para o julgamento final que nos convém.
Assim temos que dizer sim a um e, ao mesmo tempo, não a outro dos elementos que
compõem a polaridade, pois os opostos se excluem como todos sabem. No entanto,
a cada não, a cada exclusão reforçamos nossa não-totalidade, pois para obtermos
a totalidade, nada poderia faltar.
A unidade das polaridades significa a unidade plena, que se
traduz em razão máxima de nosso ser. A unidade total está na paz eterna, é o
ser puro sem tempo, sem espaço, sem modificações e sem limites. O estado de
iluminação de consciência cósmica ou consciência plena só é atingido quando a
pessoa transcende todos os limites, permitindo que a sua mente consciente e a inconsciente
se fundam numa unidade. Porém, isso equivale à destruição completa do Eu, cuja
autonomia depende da cisão inicial. É esse passo que na terminologia cristã é
descrito da seguinte forma: "Eu (mente consciente) e meu Pai (mente
inconsciente) somos um". Neste estado de consciência plena é possível
administrar todas as tempestades internas e externas da nossa vida. Neste
estado de espírito é que se encontrava o mestre Jesus quando passou por este
plano terreno a nos ensinar a viver e a despertar a consciência cósmica.
Ampliar a consciência significa diminuir suas dúvidas, seus estados de
desconhecimentos, seus medos e derivações, conhecendo a si próprio e ao mundo
de forma plena e total.
Todos os caminhos de cura ou superação nada mais são do que
um único caminho que leva da polaridade à unidade. Paulo de Tarso, Francisco de
Assis, Gandhi, Bezerra de Menezes, Madre Tereza de Calcutá foram
"pontes" que uniram à polaridade da ignorância humana a consciência
plena, a consciência cósmica total. Portanto oração, prece, paciência, bondade,
generosidade, humildade, entrega, tolerância, caridade e amor são
características da consciência plenamente desperta, de unidade perfeita e de
perfeito entrosamento de Deus para com o homem, portanto do Criador com a criatura.
Este é o caminho da cura.
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia
Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva
Evolutiva, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia Floral, Psicoterapia
Holística, Parapsicologia, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e
Auto-hipnose e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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E-mail: flaviolgb@terra.com.br
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