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22 de maio de 2011

O melhor é aceitar o que não podemos mudar

por Osvaldo Shimoda  


A vida tem seus próprios meios de desenvolver a nossa consciência; muitas vezes, utilizando métodos que ainda não podemos entender, como por exemplo, a morte de entes queridos por acidente de carro, doenças graves, assassinatos, perdas financeiras, falência, desemprego, etc.
Esses incidentes nos parecem injustos ou incompreensíveis porque nos faltam elementos para entender as suas causas. Por isso, são comuns os pacientes virem ao meu consultório revoltados, sentindo-se injustiçados diante das agruras da vida. Entretanto, ao entrarem em contato com os seus respectivos mentores espirituais - seres desencarnados de elevada evolução espiritual, responsáveis diretamente pelo nosso aprimoramento espiritual - são orientados acerca da causa de seus problemas e sua resolução.

Diante das adversidades, dos obstáculos, próprios dessa vida terrena, de provas e expiações, para depurar as más inclinações e tendências inferiores que trazemos de outras encarnações, podemos encontrar três situações em nossas vidas:
1) Aquelas que não estão sob nosso controle e, portanto, não podem ser mudadas pela nossa ações;
2) Aquelas que estão sob nosso controle e só dependem de nós para serem mudadas;
3) Aquelas que, embora não possamos modificar diretamente, podemos tentar influenciar na mudança.

Sendo assim, nas provas, nos testes da vida, temos a opção de escolher os caminhos, entretanto, não podemos nos afastar do que precisamos passar, experimentar. E nas expiações, nada podemos fazer, a não ser nos resignarmos porque se trata de um resgate cármico de erros cometidos no passado.
Todavia, quero esclarecer -isso é muito importante- que a aceitação das coisas que não podemos mudar, não pode ser entendida como um convite à inércia, pois como Espíritos, estamos sempre em evolução, em constante aprendizado.
Neste aspecto, os problemas, os obstáculos da vida, são sempre oportunidades de aprendizado e mudança interna.
Há uma oração que traduz muito bem o que expus até agora, que é a oração da serenidade, escrita pelo teólogo protestante Reinhold Niebuhr, que viveu de 1862 até 1971, e que trabalhava no Union Theological Seminary, nos EUA.
É uma oração bem curta, porém, muito profunda: "Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras".

Resumindo, essa oração destaca quatro virtudes fundamentais que precisamos desenvolver para se viver em equilíbrio e harmonia: serenidade, aceitação, coragem e sabedoria.

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