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6 de fevereiro de 2012

Quando estiver orando, ore!


por Angela Jabor - anngelajabor@hotmail.com

Qualquer pessoa deve orar em seu próprio benefício, ou de outras, mas sempre com o intuito de promover felicidade, jamais sofrimento.

Existem algumas orações que, digamos, "contra-indicadas", pois, interferem no livre-arbítrio do receptor. Portanto, devemos ter sempre em mente, se o que pedimos em nossas orações, é o que queremos realmente obter em nossas vidas, porque não existe uma oração sequer que não seja atendida, desde que feita com fé, esperança e otimismo.

De nada adianta orar e cruzar os braços, à espera do milagre, é preciso agir. Há uma regra que funciona e traz resultado positivo, benéfico e imediato: basta somar oração + ação. Apesar da infinidade de orações e várias fórmulas de orar, a mais correta é quando se faz a oração com vontade e com o coração. Não deve ser jamais forçada, exigida e imposta por obrigação.

Diz um velho ditado budista: "Quando você estiver caminhando, caminhe. Quando você estiver sentado, sente-se. Não vacile!"

Portanto - "quando estiver orando, ore". A atenção deve ser fixada sobre o objetivo do apelo, que é pronunciado; não se deve pensar noutra coisa. Sempre que oramos, seja uma oração falada ou silenciosa, de uma maneira ou outra ela será ouvida e atendida.

Se dirigirmos nossa oração a um ser específico, Santo, Mestre, Arcanjo, Anjo... este recolherá nossas palavras e as dirigirá aos Céus. E se empenhará para a concretização da mesma. De acordo com a nossa conduta diária, será determinado o que caberá a nós o que fizermos por merecer. Nosso protetor, o "anjo guardião", pode interceder a nosso favor, mas não cabe a ele nos conceder a graça que almejamos, pois mesmo que sua missão seja de nos auxiliar, nenhum anjo da guarda tem a permissão de interferir no nosso livre-arbítrio. Mas, todos os anjos se alegram quando os chamamos para nos auxiliar. E a todos os nossos chamados, estão sempre de prontidão, para nos ajudar.

Tudo nos acontece por merecimento, nada surge do acaso. Quando uma pessoa tem atitudes dignas, respeita e faz somente o bem ao seu próximo ela é atendida, prontamente, em seus pedidos. Se a oração é um assunto do coração, na vida diária, deve ser expressa em cada ação.

Tudo depende de nós! Seguindo a Lei da "ação e reação" = "lei da atração", cada pessoa vive a vida que ela própria criou.

Quem caminha em busca da Luz, tende a encontrar um caminho iluminado, coroado de êxito e repleto de paz.

Texto do livro "Para que se preocupar, se você pode orar?", Ascend Editora.

5 de fevereiro de 2012

Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor. O amor resiste à distância, ao silêncio das separações. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou. 


O amor é açao, onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e ...diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto." O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!" Bonito isso. 


Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira. Eu possuia e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha. Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos. Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las. 


Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios. Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois... Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo. Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. 


Cada roseira tem seu estatuto, suas regras... Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira. A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas... Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos. Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... " 


Padre Fábio de Melo

4 de fevereiro de 2012

Saindo do casulo...

:: Rubia A. Dantés ::

Ontem à noite estava assim um pouco preocupada... e já ia por esse caminho, quando me dei conta que só me preocupava porque imaginava que os mesmos elementos da minha realidade hoje estariam presentes nos próximos dias... e nos próximos meses... e anos... Pensei que só contaria com os recursos do passado conhecido...
Na mesma hora, algo se ampliou dentro de mim e me lembrei que estamos em um Universo de infinitas possibilidades...
Foi muito clara a forma que me senti antes... e depois dessa percepção... vi como somos mesmo responsáveis por criar nossa realidade, dia após dia, com os mesmos elementos do passado, quase não dando oportunidade ao novo.

Senti que esse momento de percepção foi uma grande liberação... Antes, sentia-me presa como se estivesse em um casulo que eu não queria abandonar... que me limitava só ao que era conhecido e, mesmo assim, parece que ficava cada vez mais limitado por medos e preocupações...
Depois me senti livre e aberta a todas as possibilidades... Em um segundo de clareza, o casulo se rompeu e eu voei...

É que as transformações tão necessárias, às vezes, não são muito fáceis e podemos nos apegar ao que deve ser deixado... prolongando o tempo do casulo, retardando o vôo da borboleta... o vôo da liberdade...

A nossa natureza é sábia... e quando estamos prontos para dar mais um passo adiante, onde podemos ter uma visão mais ampla da nossa realidade, isso se dá suavemente, quando não resistimos ao fluxo natural da vida... ou nem tanto... quando resistimos e tentamos segurar a todo custo o que já passou...
Nesses casos é quando o Universo costuma puxar nosso tapete... e alguma coisa inesperada e aparentemente ruim nos chama atenção para as transformações necessárias...

Ficamos tão acostumados com determinados "casulos" que já não nos cabem mais que, mesmo apertados e desconfortáveis, preferimos ficar ali a arriscar um mergulho no desconhecido...
Mesmo sem perspectiva nenhuma, existem situações nas nossas vidas que nos prendem até o ponto em que algo acontece para nos mostrar que é realmente hora de mudar e de alçar novos vôos.

Saber fluir com os ciclos faz nossa vida mais leve e sem esforço... mas, quase sempre nos agarramos às beiradas tentando segurar o tempo... as coisas... as pessoas... e nem percebemos que a vida passa e nós ficamos estagnados e presos ao que passou.

Quando mudamos de ciclo é como se chegássemos a um patamar um pouco acima de onde estávamos... na subida da montanha... e dali nossa vista alcança um pouco mais longe e podemos ver com mais clareza as coisas... que eram verdade, até então, agora... vista desse ponto, não são mais...

Aprendemos que as verdades que nos alimentam em determinados momentos não são as que nos alimentam em outros... nessa realidade de impermanência, tudo vai se transformando, na medida em que nos abrimos para essas transformações...
Podemos nos prender aos casulos que nos servem de morada... e de caminho... durante nossa jornada aqui... mas o casulo não é uma morada permanente e é pura perda de tempo e de energia acreditarmos que é...

Deixar ir o que passou, sem julgamentos e com Amor, por entender que era o aprendizado que precisávamos naquela hora, mas que já cumpriu seu papel... nos deixa livres para mergulhar por inteiro nas infinitas possibilidades que se apresentam quando soltamos as amarras do passado e nos abrimos para o risco e a maravilha que é viver sem garantias... no presente...

Por que as perdas na vida?

:: Osvaldo Shimoda ::


Buda dizia que um dos pilares que sustenta o sofrimento humano é o apego, ou seja, apego de toda ordem: bens materiais, crenças, mágoas, ressentimentos do passado, perdas de entes queridos, emprego, etc.

Por conta do apego, muitos homens preferem tirar a vida de sua esposa do que perdê-la para outro (crime passional); reagem a um assalto, preferindo perder suas vidas do que entregar o que o assaltante quer; outros, quando perdem um ente querido, por conta de uma doença, acidente, divórcio, não conseguem se desapegar da perda, não se conformam, revoltam-se, ficam agressivos, infelizes. Há ainda aqueles que perdem tudo em sua vida: marido, esposa, filhos, emprego, dinheiro, saúde, etc.

Mas a pior das perdas, sem dúvida, é a da fé, da esperança, pois quando as perdemos, deixamos de compreender as lições que precisamos extrair das experiências dolorosas da vida. Ou seja, o que mais importa ao nosso aprimoramento espiritual -enquanto seres espirituais em evolução- são as lições que devemos extrair diante das adversidades da vida.

Por isso, lidar com o sofrimento do apego, das perdas -embora doloroso- é um aprendizado, uma oportunidade ímpar em nossas vidas porque quando sofremos e não aprendemos nada, desperdiçamos a chance de evoluirmos, aprimorarmos o nosso espírito, e toda uma encarnação